terça-feira, 24 de dezembro de 2024

A ESTRELA DO PASTOR

 

Vênus em conjunção com a Lua

      A Estrela do Pastor é um dos nomes populares dados ao planeta Vênus, um dos corpos celestes mais fascinantes e conhecidos do sistema solar. Apesar de ser um planeta, o termo “estrela” reflete o brilho intenso que Vênus exibe no céu noturno e matutino, muitas vezes confundindo os observadores menos experientes.

Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol e o mais próximo da Terra em termos de distância. Seu diâmetro é apenas um pouco menor que o da Terra, o que lhe valeu o título de "gêmea da Terra". No entanto, suas condições são extremamente diferentes. A densa atmosfera de Vênus é composta principalmente de dióxido de carbono, com nuvens de ácido sulfúrico, tornando-o um ambiente inóspito com temperaturas superficiais que ultrapassam 460 °C. O brilho intenso de Vênus é resultado de sua proximidade ao Sol e da alta reflexividade (albedo) de sua atmosfera, que reflete cerca de 70% da luz solar que recebe. Este brilho é mais evidente durante seus períodos de aparição como "estrela da manhã" ou "estrela da tarde", dependendo de sua posição em relação à Terra.

O nome “Estrela do Pastor” tem origem em tradições antigas. Vênus, ao surgir no horizonte ao entardecer ou ao amanhecer, guiava os pastores em suas rotinas diárias, indicando o início ou o fim do dia. Este papel de guia fez com que o planeta adquirisse uma aura de misticismo em diversas culturas, sendo associado a deuses, mitos e simbolismos ligados à beleza e ao amor.

Na Grécia antiga, Vênus era chamado de “Héspero” quando aparecia no entardecer e de “Fósforo” ou “Lúcifer” quando visível pela manhã. A confusão em perceber que se tratava do mesmo objeto celestial persistiu até que astrônomos antigos determinaram sua natureza planetária. 


Vênus fotografado por Telescópio

Vênus tem inspirado observações astronômicas e narrativas culturais por milênios. Além de seu simbolismo na mitologia, o planeta desempenhou um papel crucial na história da ciência. Durante os trânsitos de Vênus – eventos em que o planeta passa entre a Terra e o Sol – astrônomos dos séculos passados foram capazes de medir a distância entre a Terra e o Sol com maior precisão, contribuindo significativamente para a compreensão do tamanho do sistema solar.

Observar Vênus é uma experiência acessível mesmo para iniciantes em astronomia. Ele é facilmente identificável a olho nu devido ao seu brilho, que o torna o terceiro objeto mais luminoso do céu, depois do Sol e da Lua. Para observá-lo, basta acompanhar o céu próximo ao horizonte nos períodos de crepúsculo ou amanhecer.

Com o uso de telescópios, é possível observar as fases de Vênus, que são similares às da Lua. Essas fases ocorrem devido à posição relativa entre o Sol, Vênus e a Terra. A "Estrela do Pastor" continua a encantar cientistas, poetas e curiosos do céu. Seja como objeto de estudo astronômico ou como fonte de inspiração cultural, Vênus ocupa um lugar especial na nossa compreensão do cosmos e na nossa imaginação. Observar seu brilho é um lembrete de que, mesmo no meio da vastidão do universo, há beleza e maravilha ao alcance de nossos olhos.

sábado, 21 de dezembro de 2024

OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR


O Sistema Solar é composto por uma variedade fascinante de corpos celestes, incluindo estrelas, planetas, satélites naturais, asteroides e cometas. No centro de tudo, está o Sol, cuja gravidade domina e organiza o movimento desses corpos. Este artigo aborda os principais planetas do Sistema Solar, divididos em dois grupos: os planetas rochosos e os gigantes gasosos, destacando suas características únicas e o que os torna tão especiais no contexto astronômico.

Mercúrio: o menor e mais próximo do Sol

Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar e o mais próximo do Sol. Ele não possui atmosfera significativa, o que faz com que suas temperaturas variem drasticamente entre o dia e a noite. Durante o dia, as temperaturas podem chegar a 430°C, enquanto à noite caem para -180°C. Sua superfície é marcada por crateras semelhantes às da Lua, resultado de colisões com meteoritos ao longo de bilhões de anos.

Vênus: o planeta mais quente

Apesar de não ser o mais próximo do Sol, Vênus é o planeta mais quente do Sistema Solar devido ao efeito estufa descontrolado em sua atmosfera, composta principalmente de dióxido de carbono. Suas temperaturas superficiais alcançam impressionantes 470°C. Conhecido como "estrela d’alva" por seu brilho no céu da Terra, Vênus também apresenta uma rotação retrógrada, girando no sentido oposto ao da maioria dos planetas.

Terra: o lar da vida

Nosso planeta, a Terra, é o único conhecido até agora a abrigar vida. Sua atmosfera rica em oxigênio, a presença de água líquida e uma distância ideal do Sol criam condições perfeitas para o desenvolvimento e sustentação de organismos vivos. Além disso, a Terra possui um campo magnético protetor que desvia radiações solares prejudiciais.

Marte: o planeta vermelho

Marte é conhecido como o "planeta vermelho" devido à abundância de óxido de ferro em sua superfície. Ele possui montanhas gigantescas, como o Monte Olimpo, o maior vulcão do Sistema Solar, e um sistema de vales profundos conhecido como Valles Marineris. A busca por sinais de vida em Marte é um dos principais focos da exploração espacial moderna, com vários robôs explorando sua superfície.

Júpiter: o gigante gasoso

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, composto principalmente de hidrogênio e hélio. Sua Grande Mancha Vermelha é uma tempestade gigantesca que ocorre há séculos. O planeta possui mais de 70 luas conhecidas, sendo as maiores as luas galileanas: Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Europa, em particular, desperta grande interesse devido à possibilidade de haver um oceano subterrâneo sob sua camada de gelo.

Saturno: o rei dos anéis

Famoso por seus espetaculares anéis compostos de gelo e rochas, Saturno é outro gigante gasoso composto principalmente de hidrogênio e hélio. Seus anéis são visíveis mesmo com pequenos telescópios, tornando-o um dos objetos celestes mais impressionantes para observação. Saturno também possui mais de 80 luas, incluindo Titã, uma lua que tem uma atmosfera espessa e lagos de metano líquido.

Urano: o gigante inclinado

Urano é conhecido por sua inclinação axial extrema, girando quase de lado em relação ao plano de sua órbita. Esse planeta é composto principalmente de gelo, como água, amônia e metano, que lhe conferem uma coloração azulada. Urano também possui anéis, embora menos proeminentes que os de Saturno, e diversas luas geladas.

Netuno: o planeta mais distante

Netuno é o planeta mais distante do Sol, localizado a aproximadamente 4,5 bilhões de quilômetros. Sua coloração azul é causada pela presença de metano em sua atmosfera. Netuno é famoso por seus ventos extremamente fortes, os mais rápidos do Sistema Solar, que podem atingir velocidades de até 2.100 km/h. Entre suas luas, Tritão se destaca por sua atividade geológica e movimento retrógrado.

Conclusão

Os planetas do Sistema Solar são incrivelmente variados em tamanho, composição e características. Eles oferecem um vislumbre fascinante das possibilidades que o Universo guarda, tanto em termos de beleza quanto de diversidade. A exploração desses mundos não só amplia nosso conhecimento científico, mas também nos faz refletir sobre nosso lugar no cosmos.

Referências

  • NASA. "The Solar System." Disponível em: https://solarsystem.nasa.gov. Acesso em: 21 de dezembro de 2024.

  • European Space Agency (ESA). "Exploring Our Solar System." Disponível em: https://www.esa.int. Acesso em: 21 de dezembro de 2024.

  • Sánchez-Lavega, A. "An Introduction to Planetary Atmospheres." CRC Press, 2011.

sexta-feira, 20 de março de 2020

VIAGEM AOS LIMITES DO UNIVERSO


Aceita um convite para viajar pelo espaço interplanetário, interestelar e até mesmo pelo espaço intergaláctico? Aventure-se neste belíssimo documentário da NatGeo, que nos leva a uma viagem de ida e volta para os confins do Universo!

A IMPORTÂNCIA DA FOTOSSÍNTESE


A palavra fotossíntese significa, literalmente, síntese (produção) pela luz. É através desse processo que a energia radiante do Sol é transformada em matéria orgânica, em especial, a glicose.


Apenas alguns tipos de organismos vivos realizam fotossíntese: plantas, algas e algumas bactérias que possuem clorofila, o pigmente essencial para o desempenho do processo fotossintético. Esses organismos utilizam a energia solar para converter moléculas simples - CO2 (dióxido de carbono) e H2O (água) - em moléculas mais complexas, das quais toda a vida no planeta necessita. Além disso, durante o processo, os seres fotossintetizantes, liberam O2 (oxigênio) para o ar que respiramos. 

A fotossíntese é, sem dúvidas, o processo mais importante que ocorre na Terra. Toda a vida no nosso Planeta depende desse processo. A glicose produzida, substância muito energética, torna-se disponível para outros seres vivos. Mesmo os animais carnívoros dependem da fotossíntese, pois comem outros animais que se alimentam de vegetais. O oxigênio, liberado para a atmosfera, garante a respiração aeróbica dos próprios vegetais e animais.

Grande parte dos recursos energéticos disponíveis no Planeta, como o petróleo e o carvão, derivados de seres vivos, foram armazenados em matéria orgânica produzida pela fotossíntese.

Como fora dito anteriormente, os seres fotossintetizantes convertem moléculas simples, como o CO2, em moléculas orgânicas, com liberação de O2. Assim a fotossíntese promove o “sequestro do carbono” da atmosfera, enquanto que, durante a respiração da maioria dos organismos, ocorre o consumo e oxigênio e liberação de gás carbônico. É justamente esse ciclo e equilíbrio de retirada e liberação de carbono na atmosfera que favoreceu e favorece a existência de um ambiente propício à vida no Planeta.


Atualmente a liberação de CO2 para a atmosfera está maior do que os seres fotossintetizantes podem consumir. A queima de combustíveis fósseis, onde havia carbono aprisionado, acaba liberando esse carbono para a atmosfera na forma de gás carbônico. Este aumento de CO2 afeta a vida de todos os seres vivos, inclusive o homem, pois promove o aumento da temperatura da Terra.

Diminuir as emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa, juntamente com a conservação das nossas florestas, da nossa biodiversidade é uma das formas de suavizar os efeitos do aquecimento global, que tanto se fala atualmente. 

Nós, seres humanos, e todas as outras formas de vida, somos totalmente dependentes da fotossíntese, seja porque é um processo que nos fornece alimento e oxigênio, seja porque ameniza a temperatura de nosso planeta. O fato é que a sobrevivência de todos depende muito da continuidade desse processo. 

domingo, 19 de janeiro de 2020

EVEREST: O MONTE MAIS ALTO DA TERRA


monte Everest é a montanha de maior altitude da Terra. Seu pico está a 8 848 metros acima do nível do mar, na subcordilheira Mahalangur Himal dos Himalaias. A fronteira internacional entre o distrito nepalês do Solukhumbu e o distrito de Tingri da Região Autônoma do Tibete da China passa no cume. O maciço do Everest inclui, entre outros os picos do Lhotse (8 516 m), Nuptse (7 855 m) e Changtse (7 580 m).

O nome em inglês foi atribuído em 1865 pela Royal Geographical Society sob recomendação de Andrew Waugh, diretor do Survey of India, o organismo central de cartografia e topografia da Índia britânica. Não tendo conseguido saber os nomes locais da montanha, Waugh batizou-a com o nome do seu antecessor no Survey of India, George Everest.  

Monte Everest

O Everest atrai muitos alpinistas, alguns deles experientes. Existem duas rotas principais de escalada: uma que se aproxima ao cume pela face sudeste, no Nepal (conhecida como a rota padrão) e outra pela face norte, no Tibete. Apesar da rota padrão não colocar desafios substanciais na técnica de escalada, o Everest apresenta perigos, tais como mal da montanha, condições climáticas, vento, bem como os perigos objetivos importantes, como avalanches. Em 2016, havia bem mais de 200 cadáveres na montanha, sendo que alguns deles chegam a servir como pontos de referência.

Os primeiros esforços registrados para alcançar o topo do Everest foram feitos por alpinistas britânicos. Como na época o Nepal não permitia que estrangeiros fossem ao país, os britânicos fizeram várias tentativas na rota pelo lado norte, no território tibetano. Após a primeira expedição de reconhecimento pelos britânicos em 1921 chegar a 7 000 m pela encosta norte, uma expedição de 1922 chegou até 8 320 m, marcando a primeira vez que um humano esteve acima de 8 000 metros de altitude. Uma tragédia atingiu a equipe na descida, quando sete alpinistas foram mortos em uma avalanche. 


A expedição de 1924 resultou no maior mistério no Everest: George Mallory e Andrew Irvine fizeram uma tentativa de chegar ao cume em 8 de junho, mas nunca mais voltaram, o que provocou debate sobre se eles foram os primeiros a chegar ao topo. Eles haviam sido localizados no alto da montanha naquele dia, mas desapareceram nas nuvens e nunca mais foram vistos, até que o corpo de Mallory foi encontrado em 1999 a 8 155 metros de altitude na face norte da montanha. Em 1953, Tenzing Norgay e Edmund Hillary fizeram a primeira subida oficial do Everest usando a rota sudeste. Tenzing havia atingido 8 595 m no ano anterior como membro da expedição suíça de 1952. A equipe de montanhismo chinesa de Wang Fuzhou, Gonpo e Qu Yinhua fez a primeira ascensão relatada do pico pelo lado norte em 25 de maio de 1960.

ORIGEM
O monte Everest está localizado na cordilheira dos Himalaias, a qual surgiu de um processo natural conhecido como dobramentos modernos (também conhecidos como cadeias orogênicas ou cinturões orogênicos). São estruturas geológicas que se originaram em virtude das ações do tectonismo e correspondem à formação de cadeias montanhosas, apresentando as maiores altitudes do planeta por serem relativamente jovens se comparadas a outras formações no planeta, dessa forma o lento processo de erosão ainda atua sobre suas formações, diferente dos dobramentos antigos, onde os processos de erosão foram responsáveis pela formação de planaltos e bacias sedimentares. O início da formação das principais cadeias de montanhas da Terra não ocorreu antes de 250 milhões de anos atrás, durante o período terciário. Estima-se que o Himalaia tenha surgido cerca 50 a 40 milhões de anos atrás, quando as massas de terra da Índia e da Eurásia, impulsionados pelo movimento das placas tectônicas, colidiram.

ALTITUDE
Em 1856, o Grande Levantamento Trigonométrico da Índia estabeleceu a primeira altitude publicada do Everest, então conhecido como Pico XV, em 8 840 metros. A altitude oficial atual de 8 848 m, reconhecida pela China e pelo Nepal, foi estabelecida por uma pesquisa indiana de 1955 e posteriormente confirmada por uma pesquisa chinesa em 1975. Em 2005, a China recalculou a altitude da montanha e chegou ao resultado de 8 844,43 m. Uma controvérsia entre China e Nepal a respeito do valor altimétrico da montanha durou 5 anos, de 2005 a 2010. A China argumentava que ela devia ser medida pela sua cota de rocha, que é 8 844,43 m, mas o Nepal dizia que deveria ser medida pelo topo da camada de neve, que é de 8 848 m. Em 2010, foi finalmente alcançado um acordo que a altitude do Everest é de 8 848 m e o Nepal reconheceu a alegação da China de que a altitude do topo da rocha do Everest é de 8 844,43 m.

Localização do Monte Everest no mapa

O nome Everest foi uma homenagem de Andrew Scott Waugh ao seu predecessor na direção do Survey of India, George Everest. Radhanath Sikdar, um matemático e topógrafo indiano de Bengala, foi o primeiro a identificar o Everest como a montanha mais alta do globo, de acordo com seus cálculos trigonométricos em 1852.  Alguns indianos pensam que o pico deveria ser chamado Sikdar, e não Everest.

Fonte: Wikipedia

sábado, 18 de janeiro de 2020

CAMADAS DA ATMOSFERA TERRESTRE


O planeta Terra é envolvido pelo ar. Esse ar é disposto de acordo com a pressão que recebe, ficando de mais denso ou menos denso à medida que se distancia da Terra. A atmosfera é constituída por cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera; que servem como proteção, uma vez que se elas não existissem não suportaríamos o calor emitido pelos raios solares. Da mesma forma aconteceria o resfriamento da Terra durante a noite, onde perderíamos todo o calor adquirido pelo sol, sofrendo uma variação muito rápida de temperatura.


A camada de ar mais próxima da Terra recebe o nome de Troposfera, essa camada se estende até 20 km do solo, no equador, e a aproximadamente 10 km nos polos. É o ar em que vivemos, respiramos e onde ocorrem fenômenos naturais como chuvas, neves, ventos e relâmpagos. É também na troposfera que ocorre a poluição do ar. Os aviões de transporte de cargas e passageiros voam nesta camada. As temperaturas nesta camada podem variar de 40°C até –60°C. Quanto maior a altitude menor a temperatura. Acima da troposfera está a Estratosfera. Esta camada ocupa uma faixa que vai até 50 km acima do solo. As temperaturas nesta camada variam de –5°C a –70°C.

Na Estratosfera localiza-se a camada de ozônio, que faz a proteção da Terra absorvendo os raios ultravioletas do Sol. É nessa camada que os aviões fazem seus voos e onde acontece o efeito estufa. Efeito estufa é causado pela emissão de gases na atmosfera, gases como o CO2, que liberado em grandes quantidades, contribui seriamente para o aquecimento global. Este fenômeno acontece devido à forte poluição que o planeta sofre diariamente, e isto está ocasionando buracos na camada de ozônio, o que por sua vez, está causando o aquecimento da atmosfera. Além do aquecimento da terra, essa "falha" na camada de ozônio permite a entrada em demasia de ondas eletromagnéticas na Terra, os conhecidos raios UVa e UVb, o que pode causar diversos tipos de câncer. 

Entre 50 e 80 quilômetros de distância da Terra temos a Mesosfera, camada de ar extremamente fria com temperaturas que variam entre –10°C até –100°C. A parte inferior é mais quente porque absorve calor da estratosfera. Nesta camada ocorre o fenômeno da aero luminescência.

A camada seguinte é a Termosfera. Encontra-se entre 80 quilômetros e 500 quilômetros de distância da Terra. É a camada atmosférica mais extensa. O ar é muito escasso e raro, recebendo o nome de ar rarefeito. É a camada mais quente, uma vez que as raras moléculas de ar absorvem a radiação do Sol. As temperaturas no topo chegam a 1.000ºC. A camada inferior da Termosfera é denominada Ionosfera. É onde existem os íons – pequenas partículas elétricas – utilizados para o recebimento e transmissão das frequências de rádio.

A última camada, ou seja, a que está mais distante da Terra, é a ExosferaÉ a camada que antecede o espaço sideral. Vai do final da termosfera até 800 km do solo. Nesta camada as partículas se desprendem da gravidade do planeta Terra. As temperaturas podem atingir 1.000°C. É formada basicamente por metade de gás hélio e metade de hidrogênio. Na exosfera acontece o fenômeno da aurora boreal e também permanecem os satélites de transmissão de dados e também telescópios espaciais.

ATMOSFERA DA TERRA


Atmosfera terrestre corresponde a uma camada de ar que envolve todo o planeta Terra e auxilia na manutenção da vida. É composta por gases que não se dissipam, mantendo-se por meio da gravidade. Com base no critério da dinâmica da temperatura, a atmosfera terrestre divide-se em camadas.

Características da atmosfera
Composta por gases como oxigênio, gás carbônico e nitrogênio, a atmosfera terrestre desempenha importantes funções, como proteger a Terra dos raios ultravioletas, nocivos aos seres vivos, e manter a temperatura média da Terra, evitando grandes amplitudes térmicas entre o dia e a noite. Graças à atmosfera, é possível que haja vida no planeta. É importante ressaltar que essa camada de gás não possui um limite físico que a identifique, pois, à medida que se eleva altitude, os gases tornam-se cada vez mais rarefeitos.

Qual é a altura da atmosfera?
Alguns estudiosos do campo da climatologia limitam a atmosfera terrestre em aproximadamente 100 quilômetros, considerando que não há um limite superior estabelecido fisicamente. Contudo, em decorrência da força atuante da gravidade sobre os gases que constituem a atmosfera terrestre, esta pode alcançar até 10 000 quilômetros, transitando, então, para o espaço sideral.
Gases que compõem a atmosfera
Os gases que compõem a atmosfera terrestre não se dissipam com facilidade em decorrência da ação atuante da gravidade. São eles:
1. Nitrogênio: representa cerca de 78% do volume da atmosfera. O nitrogênio absorve poucas quantidades de calor proveniente do Sol. Apesar de ser o gás com maior volume na atmosfera, não apresenta papel muito importante.
2. Oxigênio: representa cerca de 21% do volume da atmosfera. O oxigênio é o gás que possibilita a vida no planeta e que forma o gás ozônio na atmosfera.
3. Argônio: representa cerca de 0,93% do volume da atmosfera. O argônio é considerado um gás inerte, pois não reage com outros gases que estão presentes na atmosfera. Assim, pode ser encontrado em sua forma pura.
4. Gás carbônico: representa cerca de 0,039% do volume da atmosfera. O gás carbônico é encontrado na atmosfera em decorrência do processo de respiração dos seres vivos. Também pode ser proveniente de processos de combustão.
5. Outros gases: há, na atmosfera, gases como neônio, metano, hidrogênio, ozônio e hélio.

Na atmosfera terrestre, também é encontrado vapor d'água, que não é um gás. O vapor d'água representa cerca de 4% do volume atmosférico e diminui à medida que há o aumento da altitude. Esse elemento atmosférico influencia diretamente nas dinâmicas das temperaturas médias em todo o planeta, pois consegue absorver e emitir calor para atmosfera.

Para que serve a atmosfera?



A atmosfera terrestre possibilita o efeito estufa, responsável pela manutenção da vida na Terra. Essa camada de ar impede que o calor proveniente do Sol retorne ao espaço rapidamente, evitando, assim, grandes amplitudes térmicas entre o dia e a noite. Isso possibilita a manutenção de uma temperatura média, que permite a existência de vida na Terra. Além dessa importante função, a atmosfera terrestre desempenha outras funções:

·        Funciona como filtro, impedindo que os raios ultravioletas provenientes do Sol cheguem até a superfície terrestre.
·        Evita que meteoritos ou fragmentos rochosos que orbitam no espaço cheguem até a Terra, fragmentando-os por meio de processos de combustão em uma de suas camadas.

Evolução da atmosfera terrestre

Estima-se que a atmosfera terrestre tenha surgido há cerca de quatro bilhões de anos. Essa camada de gás formou-se quando o planeta Terra, depois de um elevado aquecimento, resfriou-se. Vapor d'água, gases e outros elementos provenientes do interior da Terra emergiram. Parte desses gases e elementos dissipou-se no espaço, contudo, alguns se fixaram ao redor do planeta em decorrência da gravidade atuante.
Na atmosfera primitiva, não havia presença de gases como o oxigênio. Os gases abundantes eram metano, gás carbônico, nitrogênio e, inclusive, gases compostos por substâncias venenosas. Apresentava altas temperaturas e tinha o Sol como a principal fonte de energia. Isso possibilitou que os primeiros organismos vivos surgissem: as bactérias de metabolismo anaeróbico (sem a presença de oxigênio).
Por meio da formação dos oceanos, começaram a surgir plantas marinhas primitivas, que passaram a realizar o processo de fotossíntese, modificando, então, a composição de gases da atmosfera. As características atuais da atmosfera só foram adquiridas há cerca de 65 milhões de anos. A concentração de oxigênio na atmosfera levou aproximadamente 1,5 bilhão de anos para chegar aos 21%.


Fonte: Mundo Educação